segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Unapologetic - Rihanna


Sete álbuns em sete anos. Essa é Rihanna, que possui vários hits que você já deve ter ouvido nesses sete anos de sua carreira. Ela consegue passar pelo hip-hop, pelo R&B, pelo Pop e este novo disco é o conjunto de todos estes estilos em 15 faixas inéditas. Leia a revisão do disco abaixo faixa-a-faixa e clique no título da canção para ouví-la pelo Youtube.

"Phresh Off The Runway": ela começa agressiva, com uma letra ousada e um refrão enjoativo. Não é meu estilo de música, mas acho que agradou seus fãs, os Navys. O hip-hop aparece bem forte aqui na batida e talvez não seja adequada para a introdução, mas vamos adiante..

"Diamonds": o carro-chefe, que abriu as portas para o lançamento do CD. É um single ímpar se compararmos com as outras músicas de trabalho de Rihanna, tanto pela letra mais intensa tanto pela batida menos "farofa". Acho que ela lançou no momento certo de sua carreira, e com isso, conseguiu mais um #1 na Billboard Hot 100 para sua coleção. O clipe é tranquilo, mas consegue transmitir a mensagem tão sentimental e pessoal que queria passar, - mas não deixa de ser um pouco enjoativa e repetitiva em seu minuto final. "Shine bright like a diamond" não sai da cabeça de jeito nenhum.

"Numb (com Eminem)": lembra do sucesso "Love The Way You Lie", feito por esta dupla? "Numb" é o oposto, e eu não entendi o porquê disso. Se o sucesso de 2010 deu tão certo, não sei porque modificaram tanto. A voz da Rihanna me incomoda muito aqui, e o Eminem parece querer tirar o brilho dela e não se comporta como uma participação especial, além da letra não ter sido a principal preocupação na composição da música (assim como acontece em várias outras canções do "Unapologetic").
"Pour It Up": outra letra agressiva onde o hip-hop se destaca através da batida. O sotaque dela começou a me incomodar mais e mais a partir daqui, parece que ela quer que a gente não saiba o que ela está cantando... Enfim, se você gostou da canção, está com sorte, porque este é o terceiro single do álbum, ou seja, mais um clipe chegando.
"Loveeeeeee Song (com Future)": o título com 7 letras 'e' não podia ser mais cafona, e a música não acrescenta nada de novo ao disco, o que deixa um pouco a desejar, mas não é uma faixa ruim. A letra até tem nexo e os versos de Future são colocados em lugares estratégicos da canção.

"Jump": quase passou batida. Não vi nada muito diferente na faixa, e junto com a música anterior não acrescenta nada de novo ao som de Rihanna.

"Right Now (com David Guetta)": para este CD, ela decidiu variar de Calvin Harris pra David Guetta. Sabemos que os dois mandam muito bem no que fazem, e sendo a única "farofa" do disco, merece um destaque - além da participação do DJ ter sido muito boa. Gostei, se encaixou bem no meio do álbum, mas não tem a força e provavelmente não terá o sucesso de "We Found Love" e "Where Have You Been", de seu disco anterior - o "Talk That Talk".
"What Now": parece que a música é desafinada por si só, sei lá, não consegui definir. A ponte (parte que vem antes do segundo refrão) é o que salva a música inteira. Feita para completar o álbum, sem sombra de dúvidas, mas mesmo assim arrancou elogios dos fãs, claro.

"Stay (com Mikky Ekko)": sobre a relação conturbada que ela teve com Chris Brown, que vai render o tema da música seguinte também. A letra é super pessoal e sincera, e a participação vocal de Mikky Ekko é a mínima possivel, apesar dele ter composto e produzido a faixa. "Stay" é inteira no piano, com poucas entradas de guitarra e pratos (da bateria). Foi anunciada em janeiro de 2013 como o segundo single do álbum e já entrou em paradas musicais o redor do mundo. Fico em dúvida se gostei mesmo dessa música...

"Nobody's Business (com Chris Brown)": o ritmo é excelente e o balanço é super legal. Podia até ser um single. A letra não poderia ser mais auto-explicativa, ainda mais com a entrada de Chris Brown no meio da canção. Talvez seja o fim da novela do relacionamento dele com a Rihanna, depois de brigas, indiretas, músicas, mais brigas, tatuagens e etc sobre o assunto. Eles esfregam na cara do público que a relação que eles tiveram é problema deles e de mais ninguém, e eles não deixam de estarem certos sobre isso. Gostei, mas mais uma vez me incomodei muito com o sotaque meio forçado da Rihanna, ainda mais quando ela diz 'It ain't nobody's business...'. Parece que ela está com a língua presa, só eu achei isso?

"Love Without Tragedy / Mother Mary": duas músicas num medley que deveria compor a primeira faixa do CD (seria uma boa introdução). Gostei e fiquei impressionado com o arranjo da faixa.
"Get It Over With": uma balada meio morta que não tem um momento de crescimento muito intenso. O destaque vai para o backing vocal que faz um grande trabalho nesta faixa. A letra também merece os parabéns.

"No Love Allowed": representa o reggae do CD, já que Rihanna é uma grande fã desse estilo musical. Nada demais, e na minha opinião não chega aos pés de "Man Down", do álbum "Loud" lançado pela própria Rihanna em 2010.
"Lost In Paradise": encerra a edição standard com um gosto de 'quero mais'. Junto com "Right Now", representa as "farofas" de Rihanna que não podiam estar fora de um trabalho como "Unapologetic". Gostei, é bem divertida e a letra é o destaque aqui, ao contrário de quase todas as outras canções do disco.

Edição deluxe:
"Half Of Me": o clímax do CD. O momento em que Rihanna mostra quem é, e que o que você vê dela na televisão pode não ser o que ela realmente é. Começa no piano e depois chega uma batida forte que te cativa logo na primeira vez que você ouve a canção. É repetitiva, mas isso dá ênfase na mensagem que a faixa quer transmitir. Rihanna, que é muito esperta, deixou essa surpresa para o fim, e por isso se encontra na edição especial. Fecha o álbum com chave de ouro e seria um ótimo último single de divulgação.

"Unapologetic": mistura dos seis álbuns anteriores da rainha de Barbados com tudo o que deu certo. Volto a dizer que a letra não foi a grande preocupação para o processo de composição do CD, mas algumas letras - como "Stay", "Get Over With It" e "Lost In Paradise" - até que se encaixam bem no contexto 'sem remorso'. Pelo meu gosto musical, não foi um dos maiores lançamentos da cantora até agora, e provavelmente só alcançou o #1 da Billboard por conta do seu sucesso na mídia com singles como "We Found Love", "Where Have You Been" e "Diamonds". Não se pode negar que Rihanna trabalhou muito nesses sete anos, mas agora é a hora dela ir descansar para voltar com canções mais rebuscadas ao estilo "Loud" daqui a dois ou três anos.

Destaques para as canções "Diamonds", "Right Now" e "Half Of Me".



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